Insurtechs e os seguros de propriedades

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A indústria de seguros é um dos setores da economia mais afetados pela transformação digital. O surgimento e a parceria com as insurtechs têm sido um grande auxílio em relação à inovação e uso de novas tecnologias.

Quanto às mudanças, as tecnologias têm sido usadas principalmente na automação de seguros, para levar agilidade nos processos de aquisição de apólice e, em consequência, diminuir os preços do seguro. 

O investimento em tecnologias que melhorem a experiência do cliente também tem sido grande. Uma das preocupações principais é personalizar o atendimento para que todos os tipos de consumidores de seguros, desde os mais conservadores até os mais ousados, fiquem satisfeitos.

Neste post, vamos analisar como os seguros de propriedade, um ramo um pouco menos comum do que os elementares, têm vivido as transformações e de que forma as tecnologia para seguros têm sido utilizadas

Seguros de propriedades no Brasil

Apenas no primeiro bimestre de 2019, o mercado de seguros brasileiro arrecadou cerca de R$ 39 bilhões. Dentre todos os ramos, os seguros patrimoniais foram os que mais contribuíram com esse número, pois foram responsáveis por 19,5% do valor total de arrecadação.

O seguro de automóvel, sempre pioneiro em vendas, teve um ligeiro recuo. Atualmente a população brasileira tem se preocupado sobretudo com proteção, aumentando em 10% a procura por seguros de propriedades e patrimoniais. 

Nos últimos anos, o mercado de seguros brasileiro viu a possibilidade de parceria com as insurtechs como um grande potencializador de negócios. De 2016 até 2019, estas empresas passaram de apenas 70 para 210.

Em relação às tecnologias para seguros de propriedade, a inteligência artificial tem sido usada em:

  • Melhora da experiência do cliente
  • Automatização de processos
  • Atendimento ao cliente via robô
  • Drones para simplificar a visualização de catástrofes ou danos em propriedades e para evitar fraudes em sinistros.  

A internet das coisas também está sendo usada de forma bastante vantajosa nos seguros de propriedade, porque permite a conexão de dispositivos móveis à sensores e alarmes. Dessa forma, pode monitorar a movimentação das habitações e oferecer mais segurança, além de facilitar a visibilidade quanto a outros fatores da propriedade.

Além destas tecnologias, o mercado segurador têm investido muito em APIs para aumentar ainda mais a tendência ecossistêmica e facilitar a comunicação das empresas.

Seguros de propriedades pelo mundo 

Ao contrário do que tem acontecido no Brasil, na Europa a receita dos ramos de seguros de não-vida, que inclui seguros de propriedades, vem apresentando uma ligeira queda há cinco anos

Como prioridade de retomada de crescimento, o mercado segurador europeu também tem investido em parcerias com insurtechs, adaptação às crescentes expectativas do cliente e novas tecnologias, principalmente análise de Big Data e inteligência artificial.

Já os Estados Unidos viveu um grande crescimento nos prêmios de seguros de propriedades em 2018. Este aumento aconteceu por conta dos altos prejuízos causados por desastres naturais. 

Em consequência disso, os players de seguros norte-americanos têm investido fortemente em drones, já que eles são uma ótima ferramenta para ser usada tanto antes quanto depois das catástrofes naturais. 

Além disso, os drones possibilitam um melhor gerenciamento de riscos por meio da coleta de dados aprimorada e custos operacionais reduzidos, por conta da maior eficiência e precisão relacionadas aos sinistros.    

Inovação em seguros de propriedades

A seguir, vamos conferir de que forma quatro insurtechs estão inovando a venda de seguros de propriedades

Desde 2006, a insurtech brasileira, preocupada com a experiência do cliente, criou uma solução que permite o fechamento de seguros residenciais por meio de um aplicativo web. 

Além disso, a ferramenta também permite que o segurado tire fotos da propriedade e envie diretamente para a seguradora. Dessa forma, evita que um inspetor tenha que ir até o local, tornando toda a jornada de fechamento do seguro muito mais ágil.

Este aplicativo também pode ser usado na aquisição de seguros empresariais.

Fundada em 2017, a insurtech brasileira especializada em venda de seguros residenciais de baixo custo decidiu inovar oferecendo seguros por meio de um modelo de assinaturas e utilizando chatbots para melhorar a experiência do cliente.

Segundo o CEO da Kakau, Henrique Volpi, os segurados podem pausar, reiniciar e cancelar a apólice quando quiserem.

Por meio de tecnologias para seguros como inteligência artificial e machine learning, a empresa oferece uma jornada de aquisição de seguro personalizada e simples, em que todos os processos podem ser feitos on-line pelo próprio cliente.

Além disso, a chatbot Anna auxilia os segurados em questões de sinistro, benefícios em geral, como encanador, eletricista, entre outros ou simplesmente tirar dúvidas. 

A insurtech norte-americana, fundada em 2012, tem reinventado todo o mercado segurador ao oferecer seguros sob demanda para qualquer tipo de patrimônio, desde habitações a objetos diversos, como guitarra, câmera fotográfica, etc. 

Oferece uma plataforma simples que pode ser acessada por dispositivos móveis. Por meio dela, o cliente pode segurar seus patrimônios e propriedades digitalmente sem período mínimo de vigência. 

O objetivo do CEO da Trov é fazer com que o relacionamento da empresa com o cliente seja contínuo, e não mais anual, como sempre foi.

Além disso, a plataforma ainda oferece um chat on-line para todas as dúvidas e processos de sinistro.

Fundada em 2015 nos Estados Unidos, a Hippo utiliza tecnologias de big data, dispositivos inteligentes e imagens de satélite para oferecer uma melhor experiência do cliente na aquisição de seguros residenciais.

Seu diferencial é oferecer um seguro residencial intuitivo e proativo, adotando uma abordagem mais inteligente e voltada para a tecnologia. Além disso, a Hippo dá um suporte imediato a seus segurados em casos de catástrofes naturais. 

Este foi um panorama geral sobre os seguros de propriedades e como as tecnologias estão sendo usadas em seu benefício. 

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