Seguros cibernéticos são alternativa para proteção da infraestrutura de TI

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Diante do movimento de transformação digital, cada vez mais as empresas investem em novas soluções e ferramentas tecnológicas. O objetivo é otimizar e simplificar os processos, facilitando o consumo de produtos e serviços. 

Além disso, a melhoria da experiência dos clientes é outro avanço proporcionado pela digitalização em vários segmentos, inclusive no ecossistema de seguros.

Contudo, essa estrutura de TI permanece sempre exposta. Por melhor que seja a política de segurança e governança da informação, a TI da companhia possui uma vulnerabilidade que precisa ser considerada.

Tanto é verdade que até mesmo grandes players da tecnologia, como Dropbox, que possuem várias camadas de proteção, já foram alvos de hackers. Além disso, recentemente, a Microsoft detectou tentativas de ataques contra as campanhas de Joe Bidden e Donald Trump. Neste contexto, os seguros cibernéticos aparecem como uma solução inteligente e necessária.   

Sabendo da importância de garantir um alto nível de proteção, os gestores de empresas de diferentes segmentos vêm investindo nesta alternativa. De acordo com dados da S&P Global, os prêmios de seguros cibernéticos, que agora totalizam cerca de US$ 5 bilhões anuais tendem a aumentar de 20% a 30% ao ano, em média, em um futuro próximo. 

Como os números mostram, essa é mais uma forte tendência dentro do ecossistema de seguros.

Neste post, vamos apresentar o mercado de seguros cibernéticos mostrando como ele tem sido impulsionado por outros fatores, como a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Seguros cibernéticos: crescimento impulsionado pela LGPD

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados entrou em vigor em setembro deste ano. Com uma ampla abrangência, a nova legislação regulamenta processos importantes, como a coleta e o uso dos dados pessoais pelas empresas. 

Na prática, a LGPD é aplicável a toda e qualquer empresa que realize o tratamento de dados pessoais, como nome, CPF e endereço de e-mail de seus clientes, parceiros, fornecedores e funcionários. 

As empresas são responsáveis pelo tratamento dos dados, que inclui uma série de possibilidades. Coleta, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, arquivamento e processamento de dados são algumas das atividades previstas na LGPD.

Diante do uso irregular, ilícito dos dados ou de falha na proteção dessas informações, a empresa pode receber várias penalidades, como:

  • Aplicação de multas pecuniárias de até 2% do faturamento anual de uma empresa (limitada a R$ 50 milhões);
  • Proibição parcial ou temporária de tratar dados pessoais;
  • Ordem para excluir todo e qualquer dado pessoal armazenado, inviabilizando muitos negócios. 

O fato é que para escapar das altas penalidades da LGPD e, ao mesmo tempo, manter a estrutura de TI protegida, além de investir em um bom sistema de segurança, as empresas estão contratando seguros cibernéticos

Com funciona o seguro cibernético?

Também conhecido como cyberseguro, regulamentado pela Susep em 2007, este tipo de seguro tem como objetivo resguardar as empresas contra os chamados riscos cibernéticos. Essa é mais uma opção do ecossistema de seguros.

Na prática, as seguradoras que comercializam este tipo de apólice oferecem coberturas que valem tanto para a empresa contratante quanto para terceiros. 

O seguro cibernético abrange todos os custos pós-ataque e vazamento de dados. Assim como acontece com outros tipos de produtos, a seguradora cobre todos os gastos para resolução do incidente. 

Desde honorários de advogado e custas judiciais até lucros cessantes por eventual paralisação da atividade, como em ataques do tipo ransomware, por exemplo. 

Em casos de ransomware, quando o computador é bloqueado pelo hacker que cobra resgate, o seguro cibernético cobre, inclusive, o pagamento do valor exigido pelo cibercriminoso para o restabelecimento do sistema corporativo do segurado.

Para a contratação de um cyberseguro, as seguradoras exigem que o cliente cumpra alguns requisitos. É preciso, por exemplo, investir no treinamento dos funcionários, adotar criptografia para dados confidenciais e fazer atualizações periódicas em servidores.

Mercado de seguros: corretoras e insurtechs oferecem proteção cibernética 

De acordo com a última edição do relatório Cost of Data Breach Study, da IBM, o custo médio de um vazamento de dados dentro do ambiente corporativo é de US$ 3,92 milhões. Neste contexto, é melhor trabalhar com uma estrutura segura para evitar este tipo de incidente e os prejuízos gerados.

Se ainda assim acontecer um vazamento de dados, por exemplo, o ideal é que a companhia conte com uma boa apólice de seguro cibernético. Veja, a seguir, algumas seguradoras que oferecem este tipo de produto: 

Seguros cibernéticos digitais

A Cover Wallet e a CyberPolicy, corretoras virtuais americanas, oferecem apólices para seguros cibernéticos. As abordagens são diferentes. Enquanto algumas coberturas têm como foco a proteção contra ataques de hackers, outras protegem a empresa de possíveis violações de leis de proteção de dados. 

Fundamentalmente, a cobertura do seguro cibernético pode cobrir uma ampla gama de reivindicações relacionadas à segurança da informação, incluindo violações de dados, falhas de rede e responsabilidade de mídia ou conteúdo.

Zurich

No Brasil, a Zurich é uma das companhias que oferecem esse tipo de apólice. Desde 2016, o seguro cibernético “Proteção Digital”, comercializado há anos nos Estados Unidos e na Inglaterra, começou a ser ofertado para empresas brasileiras.

Com cobertura que abrange processos como requisitos da GDPR, da LGPD, Custos de Melhoria de Hardware, Lucros Cessantes por Danos à Reputação, o seguro cibernético completo está disponível em mais de 20 países.

Allianz

A seguradora alemã Allianz também oferece seguro Riscos Cibernéticos no Brasil desde 2018. O produto abrange cinco coberturas principais:  

  • Violação de privacidade e Violação de Confidencialidades;
  • Cobertura para Segurança de Rede;
  • Responsabilidade de mídia;
  • Custos de gerenciamento de crise;
  • Perdas diretas dos segurados.

Além dessas, a seguradora oferece também quatro coberturas extras.

Com o produto, a Allianz visa atender as corporações que buscam uma cobertura eficaz contra as perdas e despesas financeiras provocadas pelos ataques cibernéticos.

Vale destacar que tão importante quanto investir em um seguro cibernético é priorizar a estratégia de segurança de TI. 

Neste momento, o mercado de seguros precisa se adaptar para atender às novas demandas dos clientes. Quer saber mais sobre esse movimento? Confira o artigo: a inovação disruptiva no setor de seguros nunca foi tão necessária!

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