Cloud computing: principais tendências para 2022

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Recentemente, a consultoria Forrester divulgou as principais tendências em cloud computing que poderão ser observadas no ano de 2022.

As 4 maiores – que listamos a seguir – são consequência da pandemia causada pela Covid-19, que gerou mais receita para os principais provedores de nuvem e acelerou a transformação da TI corporativa tradicional. 

O resultado dessas mudanças poderá ser visto por meio do desenvolvimento de aplicativos mais modernos e nuvens específicas, como a industrial. 

A consultoria acredita que, em 2022, as grandes organizações adotarão de uma vez por todas as tecnologias nativas da nuvem para se tornarem mais competitivas frente ao mercado.

Confira, a seguir, as 4 previsões em cloud computing da Forrester para 2022.

As 4 principais tendências em cloud computing para 2022

  1. Nem todos conseguem o que desejam 

Em 2019, o Google afirmou que pretendia se tornar um dos dois principais fornecedores de cloud computing até 2023. Caso isso não acontecesse, a organização abandonaria o mercado por completo. 

Mas, após anos investindo e tentando capturar e superar a Amazon Web Services e o Microsoft Azure, o Google não conseguirá alcançar seu objetivo. A menos que a empresa aborde um grande provedor de software como serviço para aumentar sua participação no mercado.

Mesmo assim, os reguladores olhariam com desconfiança para qualquer aquisição, e a integração seria um desafio, até mesmo para o Google. É por isso que a organização acabou optando por uma abordagem mais paciente, mesmo que não iguale seus rivais na data prevista.

  1. A infraestrutura de nuvem central é intercambiável

A cloud computing alcançou em um primeiro momento uma rápida aceitação porque era muito genérica. Hoje, os principais serviços de computação, rede e armazenamento diferem principalmente pelo marketing, não pela funcionalidade.

Essa comodidade atual significa receita menor para os provedores de serviços em nuvem, já que a concorrência, apesar de estar acirrada, não possui nenhum grande diferencial.

Portanto, em 2022, as organizações competirão para fornecer cloud computing específica com foco especial em setores altamente regulamentados, como bancos. 

Para quem utiliza a cloud computing, o diferenciador não será mais qual hyperscale tem mais serviços, mas qual fornece conformidade enquanto permite que os desenvolvedores de aplicativos façam seus trabalhos com mais agilidade e da melhor forma. 

  1. Nuvens industriais

A ascensão da cloud computing industrial, ou nuvens industriais, é uma das principais tendências tecnológicas para as quais os executivos de tecnologia devem estar preparados em 2022. 

Essas nuvens oferecem diversos recursos, que juntos formam uma solução completa: 

  • Infraestrutura e segurança que atendem às regulamentações específicas da indústria;
  • Modelos de IA ajustados para uso específico da indústria, como para avaliar o risco de uma nova conta ou pontuação de crédito de um cliente potencial;
  • Já na camada da plataforma, é possível, por exemplo, configurar uma solução de acordo com as políticas locais. 

Além disso, na camada de software como serviço, existem fluxos de trabalho e experiências ajustados para setores como serviços financeiros, manufatura, comunicações e saúde.

E é justamente nessa camada que a Forrester aponta como a principal e de maior potencial inovativo. 

Isso porque, a cloud computing industrial fornece um rápido retorno de valor para as empresas, tanto as pequenas como as grandes. Nesse sentido, ela permite que as empresas concentrem seus escassos talentos de TI em atividades que oferecem uma verdadeira diferenciação de marca. 

No entanto, a cloud computing industrial é complexa, o que pode fazer com que as empresas não implementem a solução de uma vez. O que pode acontecer é a adoção de um conjunto inicial de funções, que pode ser incrementado de acordo com a necessidade da organização.

Mas, mesmo com a implementação por etapas, as nuvens industriais ainda são caras e podem não oferecer suporte a fluxos de trabalho específicos. 

Ainda assim, a Forrester aposta que a cloud computing industrial vai dominar, mesmo que o caminho não se mostre claro e direto em um primeiro momento. A expectativa é que as empresas irão reunir uma combinação de abordagens de nuvem – horizontal, vertical e construída com um propósito. 

As instituições usarão componentes de mercado e coinovação com parceiros para aproveitar a agilidade de que precisam para se adequar ao futuro. 

  1. A era do nacionalismo da nuvem emergirá

Reguladores e funcionários do governo em Washington e Pequim estão pressionando as grandes empresas de tecnologia dos respectivos países para que se alinhem com a competição EUA-China por influência global, econômica e política. 

Isso revela que o próximo ano trará mais intervenção do estado-nação sobre onde e como os provedores de nuvem podem operar. 

Enquanto isso, a União Europeia e seus membros constituintes continuarão a buscar CSPs (Communications Service Providers) que atendam seus requisitos sobre a governança de dados, obrigando os provedores de cloud computing de ambos os países a se adaptarem.

Caso contrário, as soluções criadas por EUA e China correrão o risco de serem irrelevantes para grande parte da Europa.

Ou seja, para que a cloud computing consiga atingir o mercado europeu de forma significativa, será preciso não apenas estar de acordo com as duras normas contidas na GDPR (General Data Protection Regulation), como também apresentar sistemas de segurança muito mais reforçados. 

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