Cartão pré-pago: o serviço financeiro em amplo crescimento no Brasil

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Conforme os meses de pandemia do novo coronavírus avançam, a população brasileira acaba sendo obrigada a encontrar alternativas para consumir itens não essenciais. Para termos uma ideia, as regras de isolamento social do estado de São Paulo só começaram a ser afrouxadas em julho. E até o mês de agosto, o comércio só pode funcionar em horário reduzido.

Frente a este obstáculo, a população, mesmo a que não consumia de forma on-line, começou a optar pelo e-commerce. De acordo com a 6ª edição da pesquisa Perfil do E-Commerce Brasileiro, elaborada com a parceria da BigData Corp. e PayPal Brasil, a expansão do comércio eletrônico no Brasil bateu um recorde em 2020. O dados apontados mostram que atualmente existem mais de 1,3 milhão de lojas on-line, e o setor segue em ritmo de crescimento de 40,7% ao ano.

Contudo, num país com cerca de 45 milhões de pessoas desbancarizadas, como fazer do comércio eletrônico uma opção? Neste post mostraremos uma nova modalidade de serviço financeiro que tem se tornado muito popular durante a pandemia: o cartão pré-pago. Continue a leitura e entenda mais sobre o assunto! 

O conceito de cartão pré-pago

O cartão pré-pago é uma modalidade de pagamento que já era oferecida pelo sistema financeiro há algum tempo e com diferentes utilidades. A Visa, por exemplo, oferece cartões destinados a viagens, salário, corporativo, mesada, entre outros.

No entanto, esta opção, que não era tão popular até 2019, notou um crescimento de mais de mais de 20% desde o primeiro mês da pandemia. Em julho atingiu um valor maior ainda, 48% em relação ao mês anterior. 

O que aconteceu é que a grande parcela da população brasileira que não tinha acesso a cartões de crédito e outros serviços financeiros precisou de uma nova alternativa para consumir a prazo. Além disso, com o comércio físico fechado por conta da pandemia, as visitas às lojas para abrir crediário também ficaram comprometidas.

O cartão pré-pago, por sua vez, não apenas conseguiu suprir esta nova necessidade como ajudou a movimentar a economia e a estimular novos negócios. Por meio desta modalidade, o cliente deposita uma quantia fixa no cartão e usa este valor como se estivesse usando um cartão de crédito comum. Quando a quantia inserida nele chegar ao fim, é possível recarregá-lo e continuar usando. 

Ainda existem outros benefícios do uso do cartão pré-pago que têm feito a população optar por esta modalidade. As taxas cobradas pelo uso do cartão são quase sempre menores do que no crédito e muitas instituições não cobram anuidade.

Algumas fintechs já começaram a inserir esta modalidade de serviço financeiro em seu portfólio, beneficiando não apenas a população desbancarizada e sem acesso a crédito como ajudando a movimentar a economia. Confira alguns nomes a seguir:

Quem são as fintechs que estão investindo no cartão pré-pago

O grande aumento da procura por cartões pré-pagos fez com que várias startups especializadas em serviços financeiros começassem a se interessar por essa modalidade. 

Lucree

A Lucree é uma plataforma de soluções em meios de pagamento e gestão para negócios que recentemente inseriu a modalidade de cartão pré-pago em seu portfólio. O serviço financeiro da empresa não cobra anuidade nem faturas, funciona por aproximação, recebe a bandeira Visa e é aceito internacionalmente.

Acesso

A Acesso é uma startup de serviços financeiros que também oferece cartões pré-pagos de bandeira Mastercard. De acordo com reportagem publicada pela Noomis, veículo digital da Febraban, a Acesso notou um crescimento de 9,5% nas transações entre abril e junho em comparação aos mesmos meses de 2020. 

A Acesso oferece cartões pré-pagos com diferentes funcionalidades, como cartão corporativo, incentivo e domicílio bancário. Ao contrário da Lucree, ela cobra taxas de recarga e manutenção, mas com algumas vantagens específicas.   

Asaas 

A Asaas, assim como a Acesso, cobra mensalidades e taxas de recarga pelo uso do cartão pré-pago. Mas também oferece muitos benefícios para MPEs, como envio automático de faturas e notas fiscais ou recuperação de cobranças vencidas e atrasadas por meio de um robô de voz. 

Outro motivo que fez a fintech adicionar os cartões pré-pagos em seu portfólio foi estender seu alcance para a população desbancarizada ou que não pode usar crédito por terem dívidas em seu nome, facilitando as transações e as compras parceladas.   

Juno

A fintech Juno, em fevereiro de 2020, também lançou a modalidade cartão pré-pago, com bandeira Visa e funcionamento contactless. Assim como a Asaas, também destina seus serviços à MEIs, e-commerces, marketplaces e pessoas físicas e ainda tem o diferencial de utilizar plataforma whitelabel e APIs para integração simples nos ERPs dos clientes. 

Além das três empresas acima, outros players do sistema financeiro também passaram a olhar o cartão pré-pago como oportunidade de negócio. A Ame Digital é um exemplo. O serviço de cashback exclusivo da B2W, empresa de comércio eletrônico que reúne gigantes como as lojas Americanas, Shoptime, Submarino e Méliuz, recentemente inseriu este novo serviço financeiro em seu portfólio. Fazendo a solicitação gratuita e sem taxa nem anuidade, os clientes podem utilizar o saldo de cashback do cartão para comprar em outras lojas parceiras.  

Segundo este relatório da Abecs, os cartões pré-pagos movimentaram R$ 7,1 bi no primeiro trimestre de 2020. Este número demonstra, novamente, a tendência de crescimento desta modalidade no Brasil e reforça também como a transformação digital nos sistemas financeiros tem sido benéfica para a economia do país, sobretudo para aqueles sem acesso a estes serviços. 

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